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Internet aplicada às seguradoras
24/11/2003

Mergulhar na adoção da Internet ainda significa assumir algum risco, encarar desafios e aprender na “marra” com os erros.

Quando se sabe tirar proveito disso tudo, é possível contribuir para alavancar a produtividade e estimular as vendas, pelo suporte oferecido pela rede, e aumentar a visibilidade da seguradora diante dos clientes potenciais, despertando, assim, o interesse sobre o mercado de seguros.

A adoção dessa tecnologia estimula o envolvimento de toda a companhia e produz vantagens para o negócio, por meio do ganho de performance dos sistemas informáticos, da agilização das comunicações, da racionalização da cadeia de processos de operação, do aumento da qualidade na prestação de serviço ao segurado e ao corretor, da abertura da empresa ao segurado para obter informações, além de outras facilidades.

Primeiro dilema

Uma das dificuldades para trabalhar com essa tecnologia é definir por onde começar. Será que é melhor iniciar com a Web para disponibilizar informações ao pessoal da companhia? Ou seria aconselhável começar com a implantação da rede para aperfeiçoar os processos com os corretores? Ou talvez estrear com o e-commerce?

Por onde começar?

O importante é utilizar essa tecnologia. Temos que considerar o estágio atual da plataforma e dos sistemas informáticos, as informações disponíveis, a estratégia comercial, a qualidade do pessoal envolvido no projeto, a disponibilidade de recursos financeiros e, primordialmente, se o principal executivo da empresa entendeu a idéia.

O fator determinante para o sucesso do projeto depende da correta interpretação desses fatores e da identificação dos que somam positivamente e dos que devem ser trabalhados para não comprometer o objetivo traçado.

Um caso concreto

Há poucos anos liderei um projeto voltado à tecnologia da Web, numa seguradora que inicialmente implementou uma Intranet/Extranet, para a prestação de serviços ao corretor. Buscava-se diferenciar a seguradora para o corretor publicando, na Internet, as informações sobre a sua carteira de clientes e sobre as suas necessidades diárias, contemplando, inclusive, a informação mais recente, aquela de última hora.

O projeto permitiu que o corretor obtivesse informações, tais como, dados da apólice, extrato de comissões de corretagem, informações de sinistro, renovações das apólices e facilidades como a impressão das apólices no seu escritório e encaminhamento de propostas de seguros via Internet. Como conseqüência, houve um aumento e uma potencialização do volume de negócios com a seguradora.

O que ocorreu

Depois de 18 meses de implantação da primeira fase, com o amadurecimento do sistema, com boa parte dos corretores aderindo aos serviços na rede e com o acentuado crescimento do número de transações, identificou-se o momento propício para o desenvolvimento da segunda fase, dedicada às informações gerenciais da seguradora.

Desenvolver serviços internos na Intranet tem duas faces: uma positiva, que é o engajamento do pessoal da empresa com a tecnologia, o que produz um salto na criatividade; a negativa fica por conta do resultado dessa demanda, que se torna crítico quanto à definição de prioridades, pois é possível caminhar em direção a trabalhos que agregam pouco valor à companhia. Há o perigo do desperdício.

No entanto, a tecnologia da Internet se mostra eficiente e atrativa, mesmo que os dados dessas atividades estejam dispersos em vários sistemas, em bases distintas e em servidores separados, pois pode aglutinar para o usuário final a informação requerida, permitindo navegações para obter detalhes de maneira simples e transparente.

O segundo dilema

Nos últimos anos, temos observado que as tentativas de desenvolver a comercialização de seguros pela Internet têm apresentado resultados ainda tímidos.

Sem dúvida, esta etapa é a mais delicada de todo o processo de inclusão da seguradora na Web, devido aos fatores inerentes à receptividade, à participação dos corretores e à pouca chance de produzir resultados de vendas significativos em curto prazo.

Ainda não temos muitas experiências concretas da comercialização de seguros na Web para conclusões definitivas. Comprar seguros na rede é mais complicado, não apenas quanto aos processos, mas, também, quanto à estratégia comercial. Vale dizer: A venda on line deve ser direta?; Por meio e /ou com o corretor; Em site próprio e/ou em portais?; Em shopping virtual?. Uma coisa é certa, a tecnologia não fornece a reposta.

Conclusão

Não estar presente na Web e não participar de novas oportunidades de negócios que essa tecnologia possibilita, significa não tirar proveito dessa nova ferramenta de suporte às vendas e se os concorrentes chegarem na frente, o tempo perdido não será recuperado. Cria-se uma situação na qual a empresa não perde dinheiro na Web, que é uma forma cega de interpretar o momento atual, comprometendo o desenvolvimento da seguradora, empurrando-a para a redução irreversível de suas fontes de negócios.

Esse quadro pode parecer exagerado, mas, a cada dia, o patrimônio econômico das empresas está ficando insuficiente frente àquelas que privilegiam o patrimônio do conhecimento. E por que não ter os dois?

Flávio Faggion

Sócio-diretor da Siscorp





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